sábado, 16 de novembro de 2013

EFEMERIDADES

Hoje não estou para brincadeiras. Falar sério também não quero. Só preciso pensar em nada. Preciso sentir o calor do sol e principalmente ouvir o barulho do vento. Minha cumplicidade com o vento é antiga. Minha imaginação voa com ele. Brincar com o vento disponível, complacente e provocador me faz mais viva. Gosto de vê-lo bater nas vidraças das casas gemendo como criança enferma e com maestria fazer as folhas rodopiarem feito bailarinas. Hoje só permito a presença do vento. Tenho que dividir com ele minhas angústias sem apelo. Com o coração blindado quero desfrutar de sua companhia docemente. Preciso fugir de pensamentos exterminadores do amanhã, pois acredito ser possível morrer diante dos fracassos e frustrações e voltar para a vida. Vou vagar a toa junto com o vento para depois fazer remendos na minha alma inquieta. Quero me empanturrar de esperanças. Novembro/2013

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